sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pteridófitas

É um grupo vegetal com características peculiares que surgiu a partir do Siluriano (era geológica do paleozóico entre o cambriano e o devoniano), ocupando a região de transição entre a água e a terra. Foram as primeiras plantas terrestres a apresentarem vasos condutores de seiva, que são formados por células modificadas, que transportam água das raízes para as folhas e matéria orgânica das folhas para o resto do corpo.
As pteridófitas têm o corpo formado por raízes, caules - normalmente subterrâneos - e folhas, com presença de sistema vascular. Há casos de caule aéreo, um exemplo é a samambaiaçu, encontrada na Mata Atlântica.
As pteridófitas são as primeiras plantas vasculares. A condução rápida de seiva através de vasos está relacionada ao fato de a maioria das espécies terem porte grande, ao contrário do que acontecia com as briófitas. As pteridófitas possuem também tecidos de sustentação no corpo, o que lhes permitem ficarem levantadas.

Podemos dividir o grupo das pteridófitas em três:
• Filicíneas;
• Licopodíneas;
• Equisetíneas.

As filicíneas têm folhas grandes e geralmente bem divididas. Desenvolvem estruturas chamadas soros, na face interior das folhas, onde são formado os esporos. Exemplo: Samambaias, avencas, e as plantas de pequeno porte e aquáticas, como dos gêneros Azolla, Salvinia e Marsilea.
As licopodíneas são de folhas pequenas e não têm poros. Possuem folhas que abrigam as estruturas reprodutivas produtoras de esporos (esporângios). Exemplo: Licopódios e selaginelas.
De folhas reduzidas a simples escamas são as equisetíneas. São representadas por várias espécies de um único gênero, Equisetum, conhecidas como cavalinha. Seus esporângios estão localizados no ápice do caule, organizados em estrutura semelhante a um estróbilo.

Ciclo Reprodutivo das Pteridófitas:

A geração duradoura do ciclo é o esporófito e a geração temporária é a do gametófito. Nos soros, que se desenvolvem nos esporófitos, há muitos esporângios, onde os esporos são formados por meiose.
Os esporos são liberados e ao atingirem o solo podem se desenvolver, dando origem aos gametângios, que nesse caso recebem o nome de prótalos. Estes são, portanto, haplóides. Em um mesmo indivíduo, diferenciam- se gametângios masculinos(anterídios) e femininos (arquegônios). O prótalo é, portanto, hermafrodita.
Os anterídeos produzem os anterozóides, que são gametas masculinos, dotados de flagelos, e capazes de locomover-se até outras regiões do prótalo, desde que haja meio aquoso para sua locomoção.
Os arquegônios produzem os gametas femininos, as oosferas, que permanecem no interior do arquegônio. Ocorrendo a fecundação da oosfera pelo anterozóide, forma-se um embrião diplóide, que dará origem a uma nova planta (esporófito), a qual inicialmente se alimenta do próprio prótalo e aos poucos vai se diferenciando em planta adulta, independente.



Imagens:

(Samambaia)

(Samambaiaçu)


(Soros que contém estruturas onde os esporos são produzidos)

(Azolla)

(Licopódio)

(Selaginela)

(Equisetum)

(Ciclo reprodutivo das Pteridófitas)

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